ALUNOS DA BAIANA FAZEM VISITA AO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA
Grupo de estudos sobre “Direito da Escravidão no Brasil no Século XIX” faz visita ao Arquivo Público do Estado da Bahia. (Foto: Faculdade Baiana de Direito e Gestão)
Na tarde desta quinta-feira (6), os alunos da Faculdade Baiana de Direito e Gestão visitaram o Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), localizado na Baixa de Quintas. A visita fez parte de uma atividade prática do grupo de estudos da faculdade sobre “Direito da Escravidão no Brasil no Século XIX”.
Durante a visita, os alunos conheceram os documentos históricos que remetem a época da escrividão, como matrículas, processos judiciais e inventários de escravos. Todos os documentos foram separados previamente pelo próprio Arquivo Público para a visita guiada.
O orientador do grupo de estudos e professor da Faculdade Baiana de Direito e Gestão, Marcus Seixas, explicou que a visita teve a finalidade de mostrar aos alunos na prática como acessar e pesquisar os documentos históricos do Arquivo.
O Arquivo Público do Estado da Bahia abriga mais de 40 milhões de arquivos históricos originados entre os séculos XV e XIX. O local é a segunda maior instituição arquivística do Brasil e está entre as maiores do mundo. Durante a visita, o grupo conseguiu ler apenas 10 arquivos. Mas o orientador do grupo salienta sobre a possibilidade de retornar ao local.
“A visita serviu para mostrar como encontrar o que tem disponível no acervo, como requisitar o acesso a esses documentos e conhecer os ambientes de leitura. Sendo assim, no futuro os alunos e integrantes do grupo poderão agendar visitas e conhecer outros documentos históricos que estão no Arquivo”, explicou Seixas.
O professor reforça que a visita é muito importante para que os alunos enriqueçam suas experiências no ensino jurídico. Afinal, estes acabam tendo uma visão muito abstrata sobre algumas temáticas e “quando podemos ir até o lugar onde acontece na realidade o Direito, conseguimos ter uma visão mais prática do que estamos estudando”, alegou o orientador.
Valdir Júnior, estudante do 4º semestre e integrante do grupo de estudos, acrescenta que não conseguiria ter uma dimensão do que é um Arquivo Público se fosse um tema apenas trabalhado em sala de aula. “É muito bacana ter essas vivências fora da faculdade para que a gente não se atenha apenas a teoria, mas também para que possamos ter ideia de como as coisas funcionam na prática”, disse o aluno.
Para Mariana de Carvalho, que também é integrante do grupo de estudos, a experiência foi importante não só para a sua trajetória acadêmica, mas também para seu desenvolvimento pessoal. “Os documentos que vimos lá têm toda uma conexão com o presente. Afinal é entendendo a nossa história que podemos fazer mudanças. Inclusive, na nossa área (Direito)”, revelou a aluna.
Mariana também relata que durante a visita percebeu o quanto é difícil as pessoas irem a locais públicos para fazer pesquisa. Segundo ela, isso é pouco estimulado devido a facilidade de encontrar documentos e arquivos pelos meios digitais.
“Não damos essa importância, até mesmo por uma herança cultural. Então, justamente por eu fazer parte desse grupo, viabilizou a minha ida ao Arquivo Público. Talvez se eu não fizesse parte do grupo não teria esse pensamento de ir, pesquisar e se inteirar sobre a nossa história como um todo”, contou a estudante.
